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19 de mai de 20192 min

Vamos falar sobre Shavuot!

Atualizado: 21 de dez de 2020

Hoje celebramos Shavuot, um chag (festividade) bem interessante do calendário judaico. É uma festa que se comemora um monte de coisa juntas e por isso, o chag tem 4 nomes diferentes com correlações interessantes entre eles.

Chag HaShavuot

Comecemos pelo mais óbvio: Chag HaShavuot.
 
Shavua em hebraico é semana e Shavuot é
 
semanas. Esse nome lembra o fim da contagem
 
do ômer - sfirat haômerספירת העומר . Essa
 
contagem marca o período de 7 semanas entre
 
Pessach e Shavuot.

E por que é tão importante conectar Pessach a
 
Shavuot?

Em nenhum outro momento do ano contamos a
 
passagem do tempo dessa forma. Esses 49 dias
 
de contagem nos lembram que não existe
 
liberdade sem lei. Em Pessach, celebramos a conquista da liberdade, começamos a nos tornar povo, porém somente em Shavuot, concluímos esse processo ao celebrar o recebimento das leis. E aqui começamos a falar sobre o próximo nome da festa.

Chag Matan Torá

A festa da entrega da Torá (a bíblia judaica).

Matan vem do verbo latet, que significa dar. Lembramos nesse momento a subida de Moshé ao monte Sinai, para que Deus nos dê os 10 mandamentos, aqueles que guiarão não só o povo judeu, como também enorme parte da sociedade até hoje! Como explicar leis tão transcendentais e atemporais? É simples, não é uma lei feita por Moshé ou por um rei. Ela é divina, é como uma cláusula pétrea, está acima do poder político. O valor da lei dada por Deus é superior a todos. Um costume que a cada ano ganha mais adesão em Israel, inclusive nos setores mais laicos da sociedade, é juntar-se em grupos e dedicar uma noite inteira de estudos e reflexões sobre a Torá, esse evento chama-se “tikun leil Shavuot”.

Chag Habikurim

Bikurim são os primeiros frutos, lembramos da
 
época em que a passagem do tempo era realmente
 
marcada pelo ciclo natural e a agricultura era o eixo
 
do fluxo temporal. Shavuot era o dia em que os
 
judeus colhiam os seus primeiros frutos e levavam
 
enfeitados em uma bela cesta ao Templo.

É costume, hoje em dia, principalmente nos
 
kibutzim (comunidades agrícolas de Israel), que as
 
crianças celebrem Shavuot levando cestas com os
 
frutos e coroas de folhas e flores na cabeça.

Chag Hakatzir, a festa da colheita

Este nome está intimamente relacionado com o nome acima (bikurim, os primeiros frutos), aqui também celebramos a época da colheita. Este nome está relacionado à leitura deste chag: a Meguilat Ruth. Há no Tanach, cinco rolos - meguilot - que são histórias curtas posteriores à época do pentateuco. É como se fosse um apêndice aos cinco livros da Torá.

Um deles é a Meguilat Esther, que lemos em Purim e outro é a Meguilat Ruth que lemos em Shavuot. Este conta a história da Moabita Ruth, que se converteu ao judaísmo e não abandonou sua sogra à própria sorte, que já estava em idade avançada quando todos os homens da família morreram. Grande parte do relato, descreve Ruth trabalhando duro, para cuidar da sogra, colhendo os restos das colheitas nos campos. Passa uma mensagem bonita sobre amizade e lealdade.

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